Dona Nininha atuou como parteira e enfermeira em Cravolândia |
“Uma mulher incomum”. Este é o título do livro lançado em
2011, escrito por Luzia Galvão da Silva. A obra relata a vida de Doralice
Monteiro de Almeida, a “dona Nininha”. Ela teve sua primeira experiência como
parteira aos 16 anos de idade.
Num período de apenas cinco anos, de 1984 a 1988, Nininha
realizou 614 partos, conforme o seu livro de registros. Porém, durante 57 anos
de atuação ela realizou muito mais.
A origem do apelido
O livro conta que Nininha nasceu na Fazenda Ponto Salgado,
pertencente a Santa Inês (BA), no dia 19 de dezembro de 1923. Era filha do
fazendeiro Pedro Monteiro dos Santos e Almerinda Monteiro dos Santos.
Como nasceu prematura, ela era muito pequena e recebeu o
apelido de Nininha. Muito cedo veio morar na localidade que hoje é Cravolândia.
Parto mais difícil
Segundo a obra, Nininha recebeu inicialmente orientações de
um médico sobre como prestar assistência à comunidade. Dr. Himídio Fonseca atendia
aqui uma vez por semana. Também aprimorou seus conhecimentos no Hospital São
Rafael, na capital baiana.
Um dos partos mais difíceis que realizou, fala Nininha no
livro, foi “um parto que fiz na roça, de trigêmeos, em cima de uma esteira no
chão”.
Casamento
“Como era normal na época, as famílias fazerem acordos entre
si, dos casamentos entre os filhos, aos 16 anos de idade já estava noiva de um
rapaz muito mais velho que ela.” – relata o livro. E prossegue dizendo: “Rapaz
de posses, que já tinha colocado uma linda aliança na mão direita de Nininha.
Mas como seu coração não nutria sentimento algum por aquele rapaz, esperava o
dia em que apareceria o seu príncipe encantado.”
Ela terminou o noivado e se casou com Antonio Bastos, com
quem teve 11 filhos – dois deles, Valter e Valdino Monteiro, foram prefeitos de
Cravolândia.
Nininha e Antonio viveram juntos até o falecimento.
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