quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Livro conta a história da parteira Nininha

Dona Nininha atuou como parteira e enfermeira em Cravolândia

“Uma mulher incomum”. Este é o título do livro lançado em 2011, escrito por Luzia Galvão da Silva. A obra relata a vida de Doralice Monteiro de Almeida, a “dona Nininha”. Ela teve sua primeira experiência como parteira aos 16 anos de idade.
Num período de apenas cinco anos, de 1984 a 1988, Nininha realizou 614 partos, conforme o seu livro de registros. Porém, durante 57 anos de atuação ela realizou muito mais.

A origem do apelido
O livro conta que Nininha nasceu na Fazenda Ponto Salgado, pertencente a Santa Inês (BA), no dia 19 de dezembro de 1923. Era filha do fazendeiro Pedro Monteiro dos Santos e Almerinda Monteiro dos Santos.
Como nasceu prematura, ela era muito pequena e recebeu o apelido de Nininha. Muito cedo veio morar na localidade que hoje é Cravolândia.

Parto mais difícil
Segundo a obra, Nininha recebeu inicialmente orientações de um médico sobre como prestar assistência à comunidade. Dr. Himídio Fonseca atendia aqui uma vez por semana. Também aprimorou seus conhecimentos no Hospital São Rafael, na capital baiana.
Um dos partos mais difíceis que realizou, fala Nininha no livro, foi “um parto que fiz na roça, de trigêmeos, em cima de uma esteira no chão”.

Casamento
“Como era normal na época, as famílias fazerem acordos entre si, dos casamentos entre os filhos, aos 16 anos de idade já estava noiva de um rapaz muito mais velho que ela.” – relata o livro. E prossegue dizendo: “Rapaz de posses, que já tinha colocado uma linda aliança na mão direita de Nininha. Mas como seu coração não nutria sentimento algum por aquele rapaz, esperava o dia em que apareceria o seu príncipe encantado.”
Ela terminou o noivado e se casou com Antonio Bastos, com quem teve 11 filhos – dois deles, Valter e Valdino Monteiro, foram prefeitos de Cravolândia.

Nininha e Antonio viveram juntos até o falecimento.

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